Empresário teve sua loja saqueada por bandidos no Espírito Santo.

Esse é um típico empresário brasileiro gerador de empregos. Aquele chamado de “explorador” por gente que nunca trabalhou na vida. Aquele que tem que lidar com toda uma sopa de letrinhas como IR, ICMS, PIS, Cofins, CSLL, INSS, FGTS e similares para sustentar políticos e burocratas.

Aquele que acorda cedo, abre sua lojinha todas as manhãs e aguarda para atender as necessidades de outras pessoas em troca de pão na própria mesa. Aquele que é perseguido por regulações sem sentido, leis estúpidas, fiscais corruptos, mudanças tributárias constantes e toda sorte de invenção do estado para atrapalhar sua vida. Aquele que não tem acesso ao BNDES, não tem contatos no governo para liberar um subsídio e nem consegue uma medidinha provisória para impedir a concorrência. O cara que rala, batalha, corre, vende, compra, toma prejuízo e vende fiado, tudo para fazer uma simples troca voluntária: o produto que ele oferece em troca do sustento da família.

Hoje esse empresário teve sua loja saqueada por bandidos no Espírito Santo. Todos os seus relógios foram levados em meio a uma greve da Polícia Militar. Desarmado pelo estado, nada poderia fazer mesmo que estivesse presente no momento do roubo. Muito provavelmente sem seguro – muito caro porque o governo regula quem pode atuar ou não no setor – terá que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar novos relógios e criar um novo mostruário para venda. Se não tiver dinheiro para isso, a solução será fechar a loja, amargar os prejuízos e descobrir como sobreviver.

Essa é a face de quem é massacrado de todas as formas pelo estado, todos os dias. A face de quem às vezes pensa em desistir de ganhar seu sustento num país que não respeita quem gera empregos e ainda tem pessoas dedicadas a exaltar bandidos todos os dias, sobretudo na imprensa e nos meios “intelectuais” que nunca venderam um relógio na vida.

A face de gente simples que mereceria viver em um país decente, um país melhor, um país mais livre.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” (Rui Barbosa)

Texto: Marcelo Faria

Ou como Ayn Rand explicou: “Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.”